sábado, 31 de maio de 2008

Logo ali



Que senseção de liberdade me traz
ver o bater das asas, o mover das ondas,
o soprar do vento.
...
Por mais que o pano de fundo seja Alcatraz.



quarta-feira, 21 de maio de 2008

Vitrine de idéias



Vista a camisa daquilo que você acredita!

O meu sonho não é (só) meu


" ENQUANTO ELES CAPITALIZAM A REALIDADE
EU SOCIALIZO MEUS SONHOS."
Sérgio Vaz

terça-feira, 20 de maio de 2008

Eu topo!




Pedra no meu caminho eu "topo"
tropeço, grito e sinto um cantinho latejante
Até poderia desistir...
mas sempre disseram (né irmão) 
que eu sou cabeça dura.
Ta certo que pedra também é
mas falam por ai
que tanto bate até que fura.


Então eu topo!
Topo mergulhar
de cabeça  
(pq ela é que é dura).
Até que a pedra fura
E  eu...continuo meu caminho...
Em paz!



quinta-feira, 15 de maio de 2008

A verdade incontestável

O bom de viajar é uma parte grande conhecer gente, o restante: conhecer lugares.
Por aqui, conheci gente de todo tipo.

Uns diferentes (herança cultural), outros diferentes e ponto. Alguns insanos outros malucos e nada muito normal. 
Uns são mais interessantes, outros também e a gente vai apredendo com o que é bom (e como não ser com o que é ruim). 

Dentre tantos, uma das coisas compartilhadas que valeu a pena e me fez pensar foi o documentário "Discovering the cost of love" que conta sobre as avós africanas que recebem como herança de seus filhos os netos para criar. Nessa longa batalha as imagens me faziam pensar mas, ao final, dentre tantas perguntas, uma delas era:  Como será que eles vêem a morte e a vida uma vez que a primeira se faz mais constante que a segunda? (lógico que só morrem as pessoas que vivem mas nem sempre vivem as pessoas que morrem).

Abaixo a terceira parte do documentário. Vale a pena ver a trilogia mas, se o tempo for curto, essa terceira parte ilustra meu pensamento.

E a gente? A gente reclama de tanto... mas não devia!

" ... a verdade mais incontestável que achei debaixo do sol é que ninguém se deve queixar, porque cada pessoa é sempre mais feliz do que a outra...
O sol das onzes horas batia de chapa em todos nós; mas sem tirarmos o chapéu, abríamos os de sol e seguíamos a suar até o lugar onde devia verificar-se o enterramento. Naquele lugar esbarramos com seis ou oito homens ocupados em abrir covas: estavam de cabeça descoberta, a erguer e fazia cair a enxada. Nós enterramos o morto, voltamos nos carros, e daí às nossas casas ou repartições. E eles? Lá os achamos, lá os deixamos, ao sol, de cabeça descoberta, a trabalhar com a enxada. Se o sol nos fazia mal, que não faria àqueles pobres-diabos, durante todas as horas quentes do dia?"
Machado de Assis 


terça-feira, 13 de maio de 2008

Ame ni mo Makezu

Eu sempre fui apaixonada pela cultura oriental - desde a comida, passando pelo respeito e lealdade que observava nas pessoas que conhecia.
Aqui, no meu time, são 6 japoneses e eu estou aprendendo algumas palavras.
Uma das coisas que eles compartilharam comigo foi  um poema clássico japonês (que tem uns 50 anos) - Ame ni mo Makezu.

Não vou arriscar traduzir todo ele, mas, a idéia é quase que assim:



"Não se deixe vencer pela chuva
Não se deixe vencer pelo vento
Não se deixe vencer pela neve ou pelo calor do verão
Nunca perca o temperamento
E cultive a alegria."

Depois ele fala sobre ajudar ao próximo e um tanto de outras coisas bacanas.
A frase mais famosa é: 


"サウイフモノニ
ワタシハナリタイ

sō iu mono ni
watashi wa naritai"


Que quer dizer: Esse é o tipo de pessoa que eu quero ser!


Pobreza (de quem)?

Esse é um tema que eu gostaria de debater com mais calma, mas, prometo voltar a falar dele... 
Por enquanto, deixarei apenas um breve pensamento que é mais ou menos assim:

"As pessoas em nações pobres estão confortavelmente bem; As pessoas nas nações ricas, geralmente pobres."

Peço desculpas por não saber a fonte dessa informação mas, eu assinaria em baixo.
Me lembro de uma vez que fui pra São Paulo, no bar do Zé Batidão, em um bairro na zona sul (que com certeza não está no guia da Veja São Paulo).

Sentada em um boteco, pedimos uma porção de carne seca e um copo de cachaça. As pessoas da comunidade se reuniam ali toda quarta para realizar o Cooperifa - uma cooperativa cultural - que toda semana realiza um Sarau.



As pessoas se reunião ali para compartilhar sentimentos. Em uma favela, um boteco, imagina-se bebidas, esbórnia, falação - lá existia silêncio total (a não ser a voz que eu ouço e ecoa em mim até hoje de quem se apresentava),as pessoas da comunidade bebiam refrigerante e tinham sobre a mesa seus livros (publicados de forma artesanal) o que os deixava ainda mais interessantes. Crianças, homens e mulheres desfrutavam ali de uma das apresentações culturais que eu mais gostei de ver...

Não, eu não quero exaltar a pobreza. Ela me deixa triste. Mas, o que é pobreza?
Aquelas pessoas ali, acostumadas com a exclusão, exaltavam suas raizes, a cor negra era o uniforme da cultura e era invejável o tesão que eles tinham de fazer parte daquela comunidade, daquele bairro. O orgulho estampado na voz, a revolta solta no ar, compartilhada ali com todo mundo.

As pessoas eram todas recebidas com um Salve e, para minha surpresa (das boas), um dos moradores da comunidade era um conhecido meu ( um músico de um bar na Vila Madá). E eu, na minha pobreza, me orgulhei de ter aquele vínculo tão pequeno com alguém dali - como se eu fizesse ao menos uma pontinha de parte daquela riqueza que não se vê no Morumbi...

É triste a pobreza que mata! Mas a pobreza de espírito também mata - aos pouquinhos mas espalha-se como epidemia.

" Perdure a notícia, ao menos, de alguém que neste país novo ocupou a vida inteira em criar uma indústria liberal, ganhar alguns milhares de réis, para ir afinal dormir em sete palmos de uma sepultura perpétua. Perpétua!
Machado de Assis

domingo, 11 de maio de 2008

Dia Dela




MÃE







Sou parte dela

e ela é parte de mim...

Bom ter a certeza

desse amor que não tem fim.









Sou grata por permitir

que eu trace meu caminho

por suportar a saudade

e me dar de presente a liberdade.









Aqui ou acolá

Você podendo me ver, ou não

Quero que nunca se esqueça

Que guardo-te no coração









Carrego-te dentro de mim

E assim como o seu amor

O meu...

O meu também não tem fim.











Marina
















Para minha mãe e todas as mães: madrinhas, tias, avós, amigas, primas -Parabéns pelo seu dia e obrigada pelo amor incondicional dedicado aos seus filhos...

sábado, 10 de maio de 2008

Instituições...

Você pode correr mas, elas vão te encontrar!

Seja mulher de Paulinho que por algum Guri ganham bilhões (de investimentos duvidosos)...ou seja na Gringa (onde espera-se que os esforços sejam melhor aproveitados).

É certo, em todas as instâncias ou coisas de todas as naturezas nada é 100% mas, ao menos, o ideal são as instituições que buscam melhorar, que fazem hoje como parte de um processo, buscando ser algo melhor no futuro não aquelas que fazem por fazer, sem avaliar, sem prestar contas jogando sua credibilidade para fora da janela e atirando na pontinha de esperança daqueles que ainda resistiram e tentaram praticar o altruísmo.

A patifaria praticada nas organizações sem fins lucrativos não só põe em risco a situação social dos menos favorecidos uma vez... faz isso duplamente ao acabar desmotivando o pequeno batalhão de pessoas que até então acreditavam, tinham alguma esperança de um mundo melhor.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

E aquela casa no campo...

Dia desses fiz uma caminhada até uma cachoeira. Não, não é no quintal de casa mas, bem próximo. Uma caminhada montanha a cima e pronto. Lá junto com a água caindo, ia espalhando meus pensamentos no ar.

Sempre pensei na casa do campo pq o que quero é simples! A gente é que complica a vida da gente. A gente "da cidade" sempre critica a condição intelectual de quem está afastado disso que mais é uma convulsão de consumo e outros tantos e tantos exageros ...


Quando a ignorância, pelo menos nesse caso, é muito mais honesta. Quem não tem acesso a informação justifica atitude errôneas. O que me incomoda é a mentalidade de intelectual que muito fala e nada faz e que nem se quer nota o nó que aperta sua garganta (seja em forma de gravata ou coleira, ou qualquer outra forma imaginária).


É por isso que eu continuo afirmando que quero aquela casa no campo..." onde eu possa plantar meus amigos, meus discos e livros... e nada mais."





" Nenhuma delas tem plena convicção do que pratica. E algum de nós, nesse instante vertiginoso da cidade, tem plena consciência, exata consciência do que faz?"

João do Rio, Modern Girls

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Castelinhos na areia (+ e - )

Como já deve ter ficado bem claro, nem tudo é só o que parece. Então, castelinho na areia é bem mais do que uma recordação esquecida ali por alguma criança.
Não me lembro a data exata mas, era carnaval (e diferente dos últimos todos) eu estava em Leme. Apesar das peripécias todas aprontadas e de não me lembrar exatamente de tudo, uma coisa ficou marcada.
Já era fim do baile, sentada, o sol já dando seu salve, um cidadão sentou ao meu lado e começou a conversar. Nessas circunstâncias, as conversas geralmente não prestam mas essa (apesar de rápida) foi diferente.

A frase do cidadão foi: tudo tem seu lado positivo e seu lado negativo!
Ok, todo mundo já ouviu isso (eu também já tinha ouvido) mas, dessa vez, o exemplo dado tinha sido mais claro. O que ele queria dizer era que para TUDO existem dois lados. Mesmo quando estamos construindo, algum outro lado se perde.

Como um castelinho feito na areia, usando um balde... você forma o castelo mas, não para pra pensar que deixou também um buraco (que pode ter outro formato mas tem a mesma medida do que o castelo).

Geralmente, pedimos as pessoas em situações difíceis que tentem ver o lado bom das coisas mas, raramente, quando as coisas estão indo bem, nos questionamos se isso interfere negativamente em alguma coisa, em alguém...
É basicamente isso que mede a integridade de alguém. Pense sempre nisso antes de agir. Vai ser um pouco difícil no começo mas, logo vira hábito.
Quer alguns exemplos?
  • Quando for fazer compras no supermercado e se atolar de sacolinhas para facilitar o seu conforto, pense no acúmulo delas todas ao longo dos anos e o que isso vai fazer pros netos dos seus filhos... leve sacolas de pano (um monte delas) ou carrinhos de feira.
  • Ao escovar os dentes e deixar a água correndo, já comece a torcer ou rezar para seus bisnetos serem ricos e poderem bancar água...
  • Já que depende do seu carro e é perigoso andar de bicicleta devido ao caos do trânsito, garanta que seus pneus estejam balanceados seu carro revisado (assim, polui-se menos).
  • Desplugue os aparelhos eletrônicos mesmo quando estiverem desligados.
  • Troque ao menos 3 lâmpadas que utiliza bastante por lâmpadas frias...
  • Recicle! Descubra se existe uma cooperativa de reciclagem, entre em contato!
  • Doe um livro, construa uma biblioteca ou leia para uma criança...

Na medida do possível : Faça a diferença!!!