quarta-feira, 30 de abril de 2008

Seattle Underground

Eu não consideraria Seattle uma cidade turística. É uma grande cidade, com grandes prédios e muitas construções e as principais atrações (que eu tinha conhecimento) eram o Mercado Municipal (e não tenham a ilusão de que é parecido com o de São Paulo...é bacana mas não tanto) e também o Space Needle que é um prédio de 184 metros de altura onde estão hospedados um observatório e um restaurante no topo. O elevador demora aproximadamente 41 segundos pra chegar até lá em cima e é interessante ver a velocidade com que os guias tentam falar todas as informações.



O passeio custa 18 dolares e com o tempo (geralmente ruim) que se tem em Seattle você não vê muito do proposto. Fica mesmo a ver navios (que ali transitam na bahia)...mas é do tipo passeio que se faz quando se vem a Seattle.Isso foi o que eu fiz quando vim pra Seattle.




Agora com um pouquinho mais de tempo, eu conheci o Seattle Underground. É um passeio mais interessante pela história do que pelo que se vê de fato, então, vou contar resumidamente a história:


Quando Seattle foi construida (1880...ou por ai), tinha constantes problemas com inundações por estar na beira do mar. Ainda assim, um acidente com um cidadão derretendo cola incendiou o que era então uma cidade com casas de madeira e de comerciantes (secos por dinheiro) que viviam em uma proporção de 10 homens para cada mulher (tendo como principais atividades: bebidas, jogos e mulheres). O incêndio destruia a cidade e como perceberam que todos estavam salvos, resolveram deixar queimar a cidade toda e reconstruí-la novamente em uma altura que fosse rasoável e não inundasse com tamanha frequencia. Uma das regras: utilizar pedra para que incêndios não destruissem novamente a cidade.


Dito e feito. A idéia então foi construir muros, preenchê-los com terra e construir uma cidade em cima disso tudo. Esse plano demoraria 5 anos para ser finalizado.

Os comerciantes porém não queriam esperar tudo isso para voltar as atividades comerciais então, simultaneamente com as construções dos muros, reconstruiram seus estabelecimentos comerciais (também utilizando pedras). Havia escada pra todo canto! Os comerciantes não aguentavam mais esperar o término do projeto, clientes se acidentando no meio das construções e decidiram investir mais dinheiro mas disseram: iremos financiar o restante do projeto mas, para agilizar, construiremos tudo em cima do que foi feito e não iremos perder tempo preenchendo o buraco. Tudo ficará subterrâneo (e sem preenchimento: como pontes).E foi isso que aconteceu. Construiram as ruas como pontes em cima do comércio.

O underground tour (bagatela de 14 dolares) leva os turistas ao "porão da cidade" que nada mais são que corredores cujos tetos são as calçadas da cidade.


(underground tour) (calçada)


É bem interessante imaginar que existe uma cidade toda ali em cima e que tudo aquilo resistiu aos tantos terremotos que por aqui existem.

O que se vê não é tão encantador (poeira, madeira velha e com sorte ratos além de uns objetos perdidos que não se sabe se foram colocados ali ou se de fato são antigos)... mas a história, intercalada com piadas dos guias, é bem interessante.


segunda-feira, 28 de abril de 2008

Despercebido...

E se eu falar que tem um vulcão ai atrás? Poisé...é um tanto longe daqui mas, quando o dia não está ruim, dá pra vê-lo. Se não conseguiu ver ainda, tombe a cabeça um pouco pra esquerda...

Kent - WA - Mount Rainer

domingo, 27 de abril de 2008

A pescaria...


Um dia desses observava um pescador. A paz era tanta que ela me alcançava. Sem a intenção de perturbar essa paz, mas não contendo minha vontade de conhecer aquela figura, quis puxar prosa com o pescador e perguntei: Aqui é bom pra pegar peixe?
A surpresa foi a resposta. Sem pensar muito ele disse: " Sabe, pescar não tem nada haver com pegar peixe. Você pesca e as vezes, de brinde, pega um peixe. Pescar é buscar a paz!"

A gente é tão acostumado a fazer para ter algo em troca que muitas vezes não percebemos a graça no que estamos fazendo...
Green Lake - Seattle - WA

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Diversidade

Bom, quando a gente tem a tarefa de achar lugares para caixas a gente acaba conhecendo lugares de brinde... Hoje eu fui para Olympia (a capital do estado de Washington) que por esse fato é cheia de atrações turísticas como o State Capitol Legislative Building (foto abaixo).Eu geramente gosto dos lugares que os turistas não vão mas, é bom saber do que se trata. Já que estava lá, procurei alguma coisa que eu gostasse e encontrei Tulipas. Com várias cores me faziam pensar na diversidade ali estampada (que com certeza não foi o motivo por terem plantado diversas cores).
Me agradava ver as tulipas em harmonia ...e notar que a diversidade (que geralmente causa conflitos e confrontos) era o que tinha ali de mais bonito!
O que seria do verde se não existisse o azul e o amarelo?

quinta-feira, 24 de abril de 2008

2 Marinas

A foto pode não ser tão grande - mas o amor é! Tomara que tenha tido um dia cheio de carinho das pessoas que te amam. Ta aqui o meu carinho!

" Quando começar o frio, dentro de nós/tudo em volta parece tão quieto/tudo em volta não parece perto /toda volta parece o mais certo /certo é estar perto sem estar /perto de você, sou tão perto de você" ( Perto de você - O TM)

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O que você fez hoje ?

"O futuro não é um lugar para o qual estamos indo. É algo que nós estamos criando. Todo dia nós fazemos coisas que fazem alguns futuros mais prováveis e outros menos possíveis."
Professor Ian Lowe

O que você fez hoje?

O que me faz acreditar?

Hoje, caminhando em um parque para tirar umas fotos lembrei de uma história:

Um garoto tinha que caminhar para buscar água. Ele fazia isso todo dia e levava dois baldes pra casa. Só que um deles (o da mão direita) estava furado. Assim, quando chegava em sua casa, tinha apenas 1 balde e meio de água.
Todos achavam estranho o fato dele nunca trocar de balde ou arrumar o furo...até percorrerem o caminho que ele fazia e notarem as flores que tinham sido regadas por aquele furo.


As vezes eu me sinto como que "carregando um balde furado". A minha escolha (hoje) é um pouco fora do que as pessoas costumam fazer. As vezes acredito em coisas que a maioria das pessoas não acredita e outras nem compreendem o que me faz acreditar!
E a minha resposta: é pq eu consigo ver as flores...
Obs: A história está resumidona mas, a Fundação
Educar DPaschoal tem um livro que conta direitinho. O título do livro é João da Água (ou das Flores).

segunda-feira, 21 de abril de 2008

"perder alguém"?

Esses dias estive pensando: como assim "perder alguém"? A gente não possui ninguém - assim, como podemos perdê-los?
O que a gente tem são lembranças, bons momentos, lições aprendidas (ou ensinadas) e isso a gente não perde, né? A gente não perde o amor, não perde o carinho, o respeito...
O que atrapalha essa lógica é a saudade. Ela deixa a gente confuso e nos faz pensar que td se perdeu. A gente tem que aprender a lidar com essa tal de saudade. Eu acredito que o amor que resiste ao tempo e a ausência física se prova mais verdadeiro, mais puro!
É esse o tipo de lição que a gente deve aprender ( e eu tento aprender)...pq se não tem saudade, é pq não valeu a pena!

"Enquanto escrevo levanto de vez em quando os olhos e contemplo a caixinha de música antiga que Lúcio me deu de presente: tocava como em cravo a "Pour Élise" . Tanto ouvi que a mola partiu. A caixinha de música está muda? Não. Assim como Lúcio não está morto dentro de mim."
Clarice Lispector -A Descoberta do Mundo

Vai um feijãozinho ai?


"Porque são os passos que fazem os caminhos!" Quintana

Os passos passados:
Alguns de vocês sabem bem, outros tem uma idéia. Há oito anos eu fiz intercâmbio no Canadá e até hoje mantenho contato com minha "host family". No ano passado eles me chamaram para o casório da "irmã" e eu tive a oportunidade de ter mais contato ainda com uns parentes de lá (primos, tios, etc).

O PRESENTE:
Estava em São Chico mas, o coordenador de lá queria que 2 voluntários fossem pra Portland. Ninguém fazia muita questão de ir, eu me candidatei. No fim, mudaram os planos e me mandaram pra Seattle. Na hora, lembrei que é pertinho de Vancouver (onde alguns primos e tia dessa família moram). Assim que soube que viria, escrevi pra prima e, ela me disse: Esse fds a gente tá organizando uma festa surpresa pra minha mãe e a família vai estar toda aqui. Seria muito legal ter você aqui. E, eu consegui ir. O normal são 2 horas e meia de viagem mas, com a neve do caminho (incomum pra essa época do ano), demorou 3 horas.

Cheguei em Surrey (sul de Vancouver). Fiquei na casa da prima. Ninguém mais sabia que eu estava lá... no sábado, na festa, seria uma surpresa para todo mundo.

E foi. Quando meus "pais" me viram, não acreditavam e não cansavam de falar o quanto era legal me ver, o quanto era legal estar lá. E foi especial mesmo! Eles são especiais pra mim e eu ficava muito contente em vê-los...muito mesmo!

Foi um fim de semana especial. Ficava pensando: qndo eu vim participar desse programa, em momento algum eu pensei que isso fosse acontecer. Não foi planejado. Então, parece como uma recompensa, um presente por abrir mão de estar ai com família, amigos pra estar nessa empreitada do bem.

Fico contente com as escolhas que fiz no passado que me permitem hoje aproveitar esse tipo de coisa! To fazendo meu caminho...

*Dani - A Má agradece as suas postagens. Compartilho da "frase título" contigo (e com Quintana)... ama ama!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Todo dia ela faz tudo sempre igual... (que pena)

Acordo 7h. Tomo café (sim, comecei a fazer isso) e vocês vão entender pq.
Ligo o carro, eu e minha dupla partimos com um mapa na mão e procurando por locais onde seria possível colocar caixas (para entender essa parte, ler post anterior). A gente tem mapa de umas 15 cidades. Escolhemos uma (conforme o humor) e bóra pra lá.
Andamos, andamos, andamos. Achamos um lugar - paramos, conversamos com o atendente, com o gerente, com o dono. Até conseguirmos (ou não) uma caixa.
E assim vai passando o dia.
Meio dia a gente almoça. Nossa verba para almoço é de 2,50 por pessoa. O que eu faço? :
" oi, sou voluntária, do brasil, estou aqui por blá blá blá...vcs teriam algo pra dar pra gente comer. Isso nos deixaria muito muito alegres!" - As vezes vem um não mas, tenho tido sucesso com o que eu chamo de foodraising. As vezes, a gente compra a comida e ganha as bebidas..então não tem sido ruim (mas é por isso que eu tomo café da manhã). Fora isso, fazemos semanalmente uma compra pra ter café da manhã e janta em casa.
Conseguir janta é mais fácil pq ir no fim da noite nos comércios é rango garantido. Acontece que ninguém tem coragem de fazer isso ( e eu... não tenho problemas) então o pessoal me adora pq eu sempre ganho comida pra todo mundo.
O resto da tarde, é continuar negociando.... tem lugares que as pessoas se interessam e a gente passa bastante tempo conversando (mesmo sabendo que eles não podem decidir nada). É bacana conversar! Tem cada figura!
Por volta das 17:00 voltamos pra casa.
Ai, não tem muito o que fazer. Cozinhar o jantar, ler, descansar, ver tv ou ir passear na rua.
Arrumar o que fazer.
E esses são meus dias. Mas não são todos sempre iguais pq cada dia, são pessoas diferentes! Umas que surpreendes pela arrogância (como igrejas por exemplo - que ainda nenhuma permitiu que colocássemos uma caixa), outros, surpreendem com tamanha simpatia!
Cada dia, um mapa! Cada dia- um caminho! (mesmo que sem seguir o mapa)
e, nessa grandeza de mundão, um caminho por dia me faz ver que mesmo sem saber onde é que vai ser o fim, a jornada vale muito a pena.

O Esquema...

Tentarei brevemente explicar como funciona o esquema aqui. Existe uma ONG que há mais de 25 anos tem projetos na Africa. Essa ong é formada por um Grupo de Professores que, criaram também uma empresa. A empresa ajuda a financiar os projetos além de pagar os funcionários e suportar a estrutura da ONG. Essa (ou uma das empresas) é de Reciclagem de Roupas. Eles alocam caixas onde as pessoas doam roupas e calçados. Recolhem esse material, fazem uma triagem e, vendem essas roupas a baixo (bem baixo) custo pra comunidades carentes. Isso, pensado em um universo pequeno, não daria lucro mas, o esquema é gigantesco. Hoje eu conheci um dos armazéns ( e existem muitos, em muitas cidades). Só nessa semana teve 65 toneladas de roupas ( e o normal é 90). Ai, o que acontece - Nós, que vamos voluntariar nos projetos, podemos pagar a taxa , pagar uma parte, ou ganhar uma bolsa. Para ganhar a "bolsa", nós voluntariamos para essas empresas de reciclagem. Então, saimos no comércio buscando locais que aceitem deixar uma caixa para as pessoas doarem roupa em diversos pontos de cada cidade.
Para cada caixa que o voluntário coloca, a Empresa paga um valor x (dependendo do local) para a Ong e esse dinheiro vira um fundo para nossa viagem (pra Africa ou América Central - como é meu caso).
É um negócio muito inteligente! Tem sim um lado lucrativo mas, voltado para reciclagem de roupas (que é um volume imenso) e reverte verba que sustenta a ong pelo mundo afora. Sacou?

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Como fumaça...

O tempo é como fumaça

Querendo ou não, ele passa.

Por essas e outras, etá decretado:

Não leve uma vida sem graça!

Como fumaça

tudo se desfaz..

então eu pergunto:

da sua vida, o que você faz?

terça-feira, 15 de abril de 2008

Triste é não ter medo!

Esse último fim de semana eu fui acampar com os outros voluntários. Um deles é da região e nos levou a sua terrinha. Nada turísco, coisa de caiçara mesmo. O local chama-se Mayers Flat.

O lugar é uma floresta de secóias (árvores gigantescas de milhões de anos e centímetros de largura). É muito bacana. As bem bem velhas comparadas às mais novas que parecem palitos de dente.





Enfim. Achando que esse atrativo seria o principal, me surpreendi. Ele nos levou a um rio (de água de desgelo de neve) onde eu ganhei uns 15 anos a mais de vida. A água era pouco gelada, sabe? Mas o lugar era de uma beleza inenarrável. Eu como uma boa criança aproveitei ao máximo. Sabe aquela sensação de pular na água da chuva e molhar o coleguinha? Eu ficava feliz em me molhar!



De todos os lugares (que eu amei), tinha esse (fotos a seguir) que eu achei O lugar!
O lugar que eu queria compartilhar com todos vocês.
O rio, no pico ao derreter a neve sobe e arrasta árvores. Nesse lugar particular, arrastou uma árvore que encontrou uma ilha e formou uma ponte. Adivinha se eu não ia pular? Tudo que eu queria era que alguém duvidasse (pq eu já iria pular de toda forma)!!! E, se até pimenta malagueta eu comi, pq não pularia? Minha mãe não pode ver eu fazendo essas coisas mas, já que já passou e está tudo bem, compartilho as fotos com vocês pra sentirem o gostinho da beleza, da adrenalina e...imaginarem o tanto que isso me fez bem!
A adrenalina faz com que a gente sinta cada partinha da gente viva! E isso é muito bom!







"Coragem é resistência ao medo, domínio do medo, e não ausência do medo."



Mark Twain

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Livro Livre! Que um ainda te encontre...


Já pensou em fazer algo pela democratização da cultura?

Eu tenho uma dica! Na verdade uma convocação:

Pegue um livro seu e deixe-o em algum lugar público. Na primeira página, escreva algo do tipo:


" Este livro não foi perdido nem esquecido. Ele foi deixado aqui para que outras pessoas possam lê-lo. Então, assim que terminar de usá-lo, deixe em algum outro lugar para que outras pessoas se encantem com ele. Livro Livre - Encontre, Encante-se , Libere! "
Topa o desafio?

Se topar, depois que deixar o livro em algum lugar, comente essa mensagem contando o nome do livro e o lugar que você deixou.

Façam se acreditarem ser uma idéia bacana. Fácil é!

Compartilhem Cultura!

TransformAÇÃO


"Luto para que possa transformar
Violencia e ódio em ternura
Neurose e
sofrimento em cultura
Vicio em liberdade pra criar

Liberdade pra
criar

Hoje minhas pernas
Estão pro ar"

Banzé
(a música NÃO é boa mas esse pedacinho eu achei bem do bom)

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Doce Mel

Hoje ao tirar essa foto lembrei da Mel - o texto hoje é pra ela!

O doce sabor da vida,
da infância sendo aproveitada
Até sua manha é meiga
pois logo vejo a alegria estampada.

Mel !que doçura
Olhos singelos,
E um ar angelical
No fundo: pura travessura!

Que sua vida seja como algodão doce
Leve, agradável e colorida
E que tenha sempre a certeza
Que ela seja bem vivida.

Saudade que também é doce
doce como um quindim
Mas fico tranquila por carregá-la
Por onde ando, dentro de mim.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Mais Mil Pontos

Quando eu dei a idéia de ganhar mil pontos se eu visse um fusca na gringa eu não tava de sacanagem. Eu nunca tinha visto ( a não ser o modelo novo).
Agora eu não sei se eles sempre existiram e eu nunca notei ou se de fato, essa cidade é um antro de fuscas.

Entes queridos, sinto dizer mas, acabo de ganhar mais MIL PONTOS!
FUSCA MEU!
E sabe, esse é tão ousado que valeria mil e um mas...vou deixar esse um de lado pq eu estou com uma ampla vantagem.

Agora eu acho que já posso me considerar campeã panamericana de fusca meu!

Quanto orgulho!

Na companhia do BEM

Sabe como é ter gente junto? Gente que pensa diferente mas se junta por um fim comum?
Eu não sei o que é que coloca cada um aqui, o que trouxe cada um pra cá (pelo menos não ainda). Não posso ainda me colocar "no sapato deles". As diferenças são muitas e leva um tempo pra confiar e se abrir. Acredito que com o tempo a gente vai se afinando, aceitando as diferenças e formando uma massa mais homogênia (conservando as diferenças mas usando-as como um fator que potencializa tudo).
Somos diferentes, com cadarços (ou laços) diferentes, em um rítimo de passo distinto mas seguindo o mesmo caminho - o caminho do bem.

Por mais que nossos calçados (ou passados) sejam diferentes, é bacana saber que nessa maratona tem gente na nossa frente, do nosso lado e ali, atrás da gente.

domingo, 6 de abril de 2008

Utopia

"Penso que só há uma solução: a utopia. A utopia é a exploração de novas possibilidades e vontades humanas, por via da oposição da imaginação à necessidade do que existe, só porque existe, em nome de algo radicalmente melhor que a humanidade tem direito de desejar e por que merece a pena lutar. "
Boaventura de Souza Santos


Fotofalando!

Consegui encontrar ontem meu presente. Comprei a máquina fotográfica que eu queria. Agora, fotofalarei - pq imagens falam mais do que muitas palavras! Colocarei então, no blog, fotos de minha autoria (sempre).
É como se pudesse congelar um momento que meus olhos viram e que eu gostaria de compartilhar com outras pessoas.

As fotos são então meu olhar do mundo de cá...pra que saibam dai o que vejo por aqui... Olhem, vejam além pra entender- para sentir!

"A fotografia, antes de tudo é um testemunho. Quando se aponta a câmara para algum objeto ou sujeito, constrói-se um significado, faz-se uma escolha, seleciona-se um tema e conta-se uma história, cabe a nós, espectadores, o imenso desafio de lê-las" I. L.

Foto: Brasuca

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Procrastination - Auto Sabotagem!

Do Latin - procrastinatus: pro- (a favor) e crastinatus (de amanhã) mas eu chamaria de Auto-sabotagem!
Nada mais, nada menos do que deixar para amanhã o que podemos fazer hoje - e essa é a lição número 156, né não?
Mas, parece que nem todo mundo aprende. Me incomoda um certo tanto. Sim, eu já fiz, vc também mas, se é uma constante , se transforma em um hábito dos bem ruins!

Procrastinar nos rouba oportunidades e essa é a parte triste disso tudo!Adiar uma coisa fácil, torna essa coisa difícil. Adiar uma difícil, tonar impossível!

O pq desse tema? - amanhã eu explico!
Viu...Incomoda, nao inomoda??
Poisé! Mas incomodar nem é o pior de tudo! Pior de tudo é que as vezes não tem mais amanhã!


quarta-feira, 2 de abril de 2008

Fusca Meu


Pra explicar essa foto, tenho que explicar uma "tradição familiar".

Em Santa Fé do Sul, uma pacata cidade do interior paulista, uns primos do MS me ensinaram a jogar "fusca meu". A brincadeira é simples, parece boba mas é muito, muito , muito divertida dependendo dos participantes.

Quando alguém vê um fusca grita: FUSSSSSCAAAA MEUUUU!!! e isso vale um ponto pra pessoa.

Acontece que em Sanra Fé toda rua tem no mínimo um fusca e a competição fica acirrada.

A gente sai pra fora do carro e grita, assustando os pedestres.

Combinei com esses entes queridos que se eu visse um fusca na gringa valeria mil pontos...

No meu primeiro dia na rua... UM FUSCA!

Eu nunca tinha visto (e pode ser que dessa vez eu estava procurando!)

Então como é tradição: FUSSSSCAAAA MEUUUU!!! e mil pontos pra mim ( o duro é que se eles forem pra Santa Fé 4 vezes nesses 10 meses que eu to fora eles irão ver 1000 fuscas e empatar!)...mas eu sou campeã internacional de Fusca Meu! Quero ver vencer essa!

Gaya - uma tarefa

Bom, pra entender um pouco o que estou fazendo:

Minha função no mês de abril é encontrar pontos em comércios que aceitem receber uma caixa (foto) para que as pessoas doem roupas.

Então, em times, saimos (de carro) até um local pré determinado e tentamos achar locais potenciais. Ai, partimos - cada um com seu sotaque- para a negociação disso tudo.

Algumas pessoas são rudes , outras surpreendem e permitem que a gente coloque as caixas.

Cada pessoa tem uma meta de caixas - eu ainda não sei qual será a minha - mas, estou confiante. Hoje, eu e meus colegas conseguimos 3 caixas - o que é um bom índice pra um dia.
Mas o melhor disso, é perceber (observar) a reação das pessoas.
Ser abordado por estranhos é sempre um tanto incomodo. A gente se encomoda com a criança pedindo dinheiro, fazendo malabares e nos abordando pedindo dinheiro. A gente se incomoda com estudantes que nos abordam para um pesquisa, ou empresas que o fazem.

Não sou a favor de doar dinheiro mas, sou a favor de tratarmos as pessoas com educação - independente da condição em que ela se encontra...e isso fica comprovado aqui. Eu não me importo de ouvir um não - mas me importo de como ele é dito.

Por isso, sempre tenho em mente (ou tento ter) como dizer as coisas para que mesmo que eu discorde, eu não perca a educação.
Por hora é isso.

São Chico e a Golden Gate


Cheguei (depois de muitas horas de viagem e outras tantas de espera) em San Francisco (São Chico). É a cidade da tal Golden Gate (que não é de ouro) - e sim laranja (conforme os nativos afirmam. O pior é que ela parece vermelha.

Enfim, o que me contaram é que na corrida do ouro por aqui, essa ponte era como um portal para os navios que adentravam na bahia por isso Golden Gate.

É uma construção bem impressionante e que tem aguentado bem terremotos que (pequenos) acontecem as vezes por aqui.

A cidade é encantadora. Não a mais bela já vista mas, ela abriga muitas diferenças - de raças e construções. Vai dos piers antigos aos clássicos, de prédios modernos a casas coloniais , de algum período que eu ainda não sei mas, que tem um ar bem europeu. Em segundos, se sai de um bairro mexicano e cai em um chines e a riqueza disso...é imensa.(eu gosto).

Essa variedade de cultura, gente, habito...em sintonia.

Minha estadia aqui vai ser de um mês, depois parto para Etna, uma cidadezinha de 800 habitantes que promete ser uma outra expêriencia de ouro!