segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A Página perdida



Já tem algum tempo, ganhei um livro de capa dura, bem bonito e interessante que desde então carrego sempre comigo.
Um dia, alguém tirou uma das páginas sem querer. Eu me senti um tanto culpada, pois dentre minhas páginas favoritas que lia e relia aquela era uma que não tinha dado atenção merecida nos últimos tempos. E, quando perdemos algo, é comum nos culparmos e imaginar como seria diferente “se”...

Mas, não há nada a ser feito. Aquela página foi-se. Mas, até hoje me recordo bem a mensagem que ela transmitia. Sim, isso fica! Ainda assim, nunca tentei reescrevê-la (nem mesmo tive vontade) porque mesmo que o faça, não será como a página tirada.
Não me importo (e até me agrada a idéia) de encontrar outras páginas com belas mensagens pra acrescentar entre as outras, mas, nunca com a intenção de ocupar aquele vazio deixado, o espaço já cativado. São todas novas páginas.

Nem mesmo a alegria e gratidão, de novos encontros, me tiram o saudosismo. Direto folheio o livro em busca daquela página. Quando me dou conta que se foi de vez, sempre lamento, mas noto com clareza que tudo aquilo esta muito presente dentro de mim e de olhos fechados, posso sentir em meus dedos a página que me escapou.

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