terça-feira, 27 de julho de 2010

A janelinha da alma


Tenho me dedicado pouquíssimo ao blog e sei que a correria dos dias não é a única justificativa.
Refleti, já algumas vezes, se teria perdido a inspiração para escrever e o olhar atento para fotografar. Não tenho tido vontade de escrever ou clicar o botão da máquina - estranho.
Dia desses uma amiga "exigiu" [com toda sua doçura] que eu escrevesse.
Nessa mesma época, um amigo escreveu sobre a cegueira ou as diversas doenças da visão que contaminam nós, humanos. Poxa, será que contraí essa doença? O amigo sempre querido diz que não: é apenas vista cansada.
Da minha janela [do quarto] vejo o sol começando a dar o brilho, em tons laranjas. A foto é exatamente o que vejo ao despertar. Minha janela [da alma] consegue então perceber as pequenas bacanices do dia, as nobres atitudes das pessoas e o encantamnto da natureza. Estou certa que a janelinha da minha alma está aberta e disposta a receber coisas boas.
Mas, pq é então que não estou conseguindo escrever ou fotografar?
Pq é que o que vai nesse peito não está sendo entoado ao vento, compartilhado com os ouvidos atentos. Pra onde foi a inspiração?
Como pedido de desculpas, assumo aqui um compromisso.
Esses dedos vão voltar a escrever ou clicar o botão da máquina - pra que essa alma aqui, que já está certa que o diagnóstico não é cegueira, não caia na besteira de ficar muda.
Pq é compartilhando, que a gente muda!
Que os outros mudam.

Um comentário:

Gabriel disse...

Que bom que se convenceu que não é cegueira.
Que bom que voltou a ajudar a gente a enxergar!